Os aluguéis estão explodindo: um em cada sete paga mais de 50% de sua renda!
Descubra como o aumento dos custos de arrendamento na Alemanha está a colocar cada vez mais famílias sob pressão e que estratégias estão a ser discutidas como solução.

Os aluguéis estão explodindo: um em cada sete paga mais de 50% de sua renda!
Uma pesquisa recente realizada pelo instituto de pesquisa de opinião YouGov ilustra a terrível situação habitacional na Alemanha. Cerca de 15% dos inquilinos gastam mais de metade do seu rendimento líquido com rendas. As famílias monoparentais, os habitantes das cidades e as pessoas oriundas da imigração são particularmente atingidas. Esta evolução está a conduzir a um fosso social crescente nas condições de habitação, que se agrava ainda mais. Mais de 4.000 pessoas foram entrevistadas representativamente, incluindo quase 2.400 inquilinos. Um resultado alarmante da pesquisa é que mesmo 3% dos entrevistados têm que gastar mais de 70% do seu rendimento líquido com aluguel.
Os desafios nas áreas urbanas são enormes. Os habitantes das cidades têm até três vezes mais probabilidades de serem afectados por espaços habitacionais limitados e custos fixos elevados do que as pessoas das zonas rurais. Os apartamentos pequenos e os custos adicionais crescentes sobrecarregam a vida quotidiana e tornam a vida nas cidades mais difícil. Segundo a pesquisa, 8% dos entrevistados gastam menos de 20% da sua renda com aluguel, enquanto cerca de 50% gastam entre 20% e 39% da sua renda com habitação. 17% chegam a pagar entre 40% e 49% do salário. Vale ressaltar que 53% dos locatários moram em apartamentos que possuem mais quartos do que pessoas, em contraste com 76% dos proprietários.
Crescente escassez de habitação e aumento dos preços dos aluguéis
A falta de apartamentos acessíveis nas principais cidades alemãs tem um impacto particularmente significativo na situação de vida. Segundo estimativas, faltam cerca de 1,9 milhões de apartamentos a preços acessíveis, incluindo 1,4 milhões de apartamentos com menos de 45 metros quadrados, que são particularmente importantes para famílias unipessoais. Os maiores défices podem ser encontrados em cidades como Berlim, Hamburgo e Colónia. O governo dos semáforos estabeleceu a meta de criar 400.000 novos apartamentos anualmente, mas essas metas não estão sendo alcançadas. O elevado interesse e custos de construção significam que as conclusões podem diminuir drasticamente.
Em 2023, espera-se que as conclusões caiam de 295.000 para 223.000 esperadas. Este valor poderá quase atingir o mínimo histórico de 2009. Um inquérito mostra que quatro em cada dez agregados familiares nas grandes cidades (cerca de 8,6 milhões de pessoas) vivem com encargos com rendas problemáticamente elevados. Quase 13 por cento dos agregados familiares arrendatários têm menos do que o nível de subsistência após dedução da renda.
Impactos sociais e soluções
Os elevados custos de aluguer não só causam encargos financeiros, mas também impedem muitas pessoas de participar na sociedade. Os especialistas alertam que isto limita o investimento na educação e na mobilidade, o que por sua vez aprofunda a desigualdade social. Uma proposta para melhorar a situação inclui a reintrodução do estatuto de organização sem fins lucrativos para as empresas imobiliárias. Isto poderia ser compatível com a legislação da UE sob certas condições.
O governo do semáforo planeja aumentar os gastos com habitação subsidiada publicamente. Estão também a ser considerados o reforço da habitação social e a melhoria dos controlos das rendas. Estas medidas são urgentemente necessárias para contrariar o agravamento da escassez de habitação. Os problemas sociais associados ao aumento dos encargos com rendas exigem estratégias de longo prazo e regulamentações claras sobre rendas para travar esta tendência dramática.
Líderesnet relata que a situação habitacional na Alemanha continua a deteriorar-se Boeckler mostra os profundos problemas da oferta habitacional e possíveis soluções.