Aeroportos sob pressão: a Comissão Europeia está a analisar as taxas de bagagem de mão das companhias aéreas!
Os defensores dos consumidores apresentam uma reclamação à UE: as companhias aéreas cobram taxas pela bagagem de mão, contrárias aos requisitos da UE.

Aeroportos sob pressão: a Comissão Europeia está a analisar as taxas de bagagem de mão das companhias aéreas!
Na disputa sobre as elevadas taxas adicionais para bagagem de mão, os defensores dos consumidores deram mais um passo. A Associação Europeia de Consumidores BEUC e 16 organizações de 12 países apresentaram hoje oficialmente uma queixa à Comissão da UE. Várias grandes companhias aéreas entraram em foco, incluindo Ryanair, EasyJet, Wizz Air, Vueling, Volotea, Norwegian e Transavia. A reclamação diz respeito às taxas cobradas pela bagagem de mão, que, segundo decisão do Tribunal de Justiça Europeu (TJCE) em 2014, pode ser embarcada gratuitamente desde que não ultrapasse as dimensões especificadas.
A acusação dos defensores dos consumidores é clara: as companhias aéreas estão a ignorar os requisitos legais e a sobrecarregar os seus clientes com custos adicionais. Na prática atual, podem ser observadas diferenças nas diretrizes de bagagem. A maioria das companhias aéreas permite atualmente uma peça de bagagem de mão com tamanho máximo de 55 x 40 x 23 cm e peso entre 8 e 10 kg. Os líquidos estão limitados a recipientes de no máximo 100ml e devem ser acondicionados em sacos transparentes de 1 litro. Objetos de valor, medicamentos e dispositivos técnicos devem, idealmente, ser transportados na bagagem de mão para evitar perdas ou danos.
Diferentes regulamentações de bagagem aérea
Os regulamentos de bagagem de mão variam muito de companhia aérea para companhia aérea. Com a Ryanair, entre outras coisas, tem de pagar adicionalmente por uma pequena bagagem de mão (máximo 40 x 20 x 25 cm). Com embarque prioritário, os passageiros têm a opção de transportar duas peças de bagagem de mão, sendo que os preços deste serviço variam entre os 6 e os 30 euros. Em contrapartida, a Wizz Air permite uma pequena bagagem de mão gratuita (máximo 40 x 30 x 20 cm), desde que caiba sob o assento da frente. Para espaço de armazenamento adicional, os passageiros podem reservar o WIZZ Priority ou o Wizz Go/Wizz Plus.
A EasyJet adota uma abordagem diferente: uma bagagem de mão (máximo 45 x 36 x 20 cm) está incluída na tarifa básica, enquanto uma bagagem maior (até 56 x 45 x 25 cm) pode ser reservada a partir de 7,99 euros. Estas diferenças ilustram como é importante que os viajantes verifiquem cuidadosamente a política de bagagem da sua companhia aérea antes de fazerem as malas, para evitar taxas inesperadas.
Reformas e fundamentos legais
Os centros de aconselhamento ao consumidor consideram os regulamentos actuais inadequados e apelam à UE para que emita regulamentos mais claros sobre o tamanho da bagagem de mão e os serviços incluídos no bilhete. A decisão do TJCE de 2014, que estabelece que não podem ser cobradas taxas pela bagagem de mão, desde que esta cumpra os requisitos adequados de tamanho e peso, está atualmente a ser questionada pelas companhias aéreas. O desafio agora é definir estes limites legais e proteger os consumidores de uma maior exploração.
As discussões em curso entre os Estados da UE sobre a reforma do Regulamento dos Direitos dos Passageiros Aéreos oferecem uma oportunidade para rever os regulamentos existentes. Os centros de aconselhamento ao consumidor sublinham que agora é o momento certo para mudanças que criem clareza e justiça para os viajantes aéreos.
Globalmente, a evolução actual mostra que a questão das taxas de bagagem de mão constitui um incómodo significativo para muitos passageiros e que existe uma necessidade urgente de acção. A Associação Europeia de Consumidores (BEUC) e outras organizações continuam a defender os direitos dos consumidores e acompanharão de perto a evolução da situação.
Para mais informações consulte O Ocidente e notícias diárias.